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22 de agosto de 2013

O maior amor do mundo - Dr. Rafael Holanda



Este mês meu filho, portador de necessidade especial, completa 27 anos, data em que por ignorância odiei um santo e me tornei um inferno em vida.

Vitimado pela insegurança, e pelo não reconhecimento do arrependimento, tornei-me joguete da nostalgia e depressão, perdendo a liberdade de crer, face ao estado sombrio em que me envolvi.

Esqueci que era meu filho, e busquei por estranho caminho, a oração de despedida por torcer que uma patologia de bom grado o levasse.

Os seus olhos de encontro aos meus, mostrava de forma carinhosa o poder maior de Deus de saber perdoar, e a cada instante ele me perdoava; eu não buscava enxergar porque meu ódio era maior que qualquer momento de paz ou fé.

Após o primeiro ano, senti em meu coração que meu filho era a jóia mais preciosa que entrou em minha casa, e que o ourives por mais especialista, não conseguia reproduzir ou lapidar, em forma de santo a beleza do meu especial.

Passei a crer que nosso filho era como uma árvore de madeira nobre numa floresta; uma árvore que talvez não crescesse tão rápido quanto às outras árvores, mas com certeza produzia em seu amor uma madeira extremamente valiosa.

Hoje meu filho é feliz por nos mostrar a felicidade; embora consiga realizar menos coisas e viva num mundo menor do que as minhas filhas saudáveis, ele com certeza é mais feliz em sua “cabana" do que as filhas em seu “castelo”.

Meu filho exala o hálito de amor, pois com sua simplicidade nos trouxe harmonia, nos mostrou que as alegrias são para serem cantadas, as lágrimas devem ser guardadas, as cruzes por mais pesadas devem ser levadas, e a estrada que caminhamos tem o seu poder de força.

Meu filho é belo, é amor sobre forma imbatível, pois muitos têm os seus, e perdem no caminho da dor por acidente ou drogas, perdem por desejos maléficos que o mundo por maldade lhes ensina após o nosso portão.

Meu filho transmite a paz nas minhas batalhas diárias, rejuvenesce o dia de minha intensa incerteza, me faz sonhar acordado e ter a verdadeira virtude de viver feliz. Meu filho traz a confiabilidade de cada momento me fazer compreender que a pequena cruz que cruzou o nosso caminho não pesa nem um pouco com relação a sofrimentos de tantos.

Parabéns ao nosso Léo, que por suas ações de cada dia, nos mostra que a felicidade às vezes não necessita de camisa ou trajes a rigor, mas da fantástica ação do amor.

Dr. Rafael Holanda
Médico

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