Eu leio versos como quem aprende
uma dor de outros versos aprendida
e faço versos como quem acende
uma outra dor que eu aprendi da vida.
E de uns e de outros versos me recende
um traço ou resto de fragrância havida
em uma e outra dor e se compreende
em pét’la de entre espinhos recolhida.
Dor de versos é dor que não me dói
mais que a dor de não ter versos que ler
mais a dor de não ter dor que aprender.
Suave me nasce, vive e se constrói
da substância sublime e preciosa
de sangue rubro a colorir a rosa.
Poema do Livro “Cantiga Antiga”
Um comentário:
Lindo... Adorei
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