22 DE ABRIL DE 1500 - 5 séculos , 13 anos , 124 dias , 10 horas , 20 minutos e 46 segundos

Ou :

187 369 dias

ou 4 496 866 horas

ou 269 811 981 minutos

ou 16 188 718 846 segundos

...Se passaram do “Descobrimento” do Brasil é até hoje não o cobriram novamente, o exploraram e continuam explorando-o até hoje, o dilapidaram e continuam dilapidando-o até hoje, o saquearam e continuam saqueando-o até hoje, o roubaram e continuam roubando-o até hoje, o desmataram e continuam desmatando-o até hoje, o desrespeitaram e continuam desrespeitando-o até hoje, o venderam e continuam vendendo-o até hoje...

Seu Povo “descoberto”, os verdadeiros Donos destas Terras são hoje ridicularizados, confinados, enxotados em reservas, que para eles não de passa de prisão a céu aberto, fizeram-nos de bobos, incultos, idiotas,... tomaram suas riquezas, seus bens dando em troca espelhinhos e quinquilharias da “25 de março”, tratando-os como imbecis, enfiaram neles calções da pior categoria, vestidinhos nas mulheres de mutangas, quando os mesmos se vestiam com a roupa que Deus lhes deu e eram felizes e não precisavam de nenhuma “grife ou marca”. Escravizaram-os forçando a um duro trabalho, dizimaram muitas etnias, empurraram-os a um desterro dentro de suas próprias proriedades... em nome do progresso, do avanço, do poder, das descobertas, da expansão do catolicismo eliminaram sua cultura, religião, língua, identidade e por tempo o tornaram incapazes. Trouxeram para as terras brasilienses os assassinos, os larápios, os imorais, enfim a escória do 1º mundo e se isto ainda não bastasse foram degredar, traficar os Povos Africanos para servirem de mão de obra escrava aos senhores e senhoras das Novas terras Descobertas e quando estes já estavam sendo honerosos, largararam-os na “rua da amargura”, como se diz, “com uma mão na frente e outra atrás”, enxotados das senzalas, expulsos do serviço, longe dos panelões de lavagem, perambulando sem eira nem beira em terras que não as suas e não tendo condição de regressarem às terras natais... e por aqui ficaram, subindo para as, hoje chamadas, “Comunidades” que nunca deixarão de serem favelas. Então a “terra hospitaleira” descoberta pelos “Grandes Descobridores” abre as portas aos “Escravos Brancos”, vindos do 1º mundo, fugindo da fome, da miséria e da morte para enriquecerem ainda mais os cafeeiros e os grandes coronéis patrícios seus aqui estabelecidos, e estes pobres coitados migrantes não tinham nem senzala, nem panelão, só a mão de obra e mais nada e assim contribuíram pela grandeza e riqueza da Terra Brasileira.

            Acredito que o que somos, hoje, é reflexo e continuidade de tantos anos de uma história mentirosa e mal contada para nós, em nossas escolas, e que temos arraigados em nós, em nosso sangue todo este desrespeito, indiferença, “serviciência”, exploração, roubalheira, descaso, oportunismo, corrupção... porque “Descobriam-nos e não mais Cobriram-nos” com a decência, moral, ética, amor, solidariedade, companheirismo, altruísmos, alteridade, amor ao chão à Pátria e respeito ao Próximo e pelo seus bens e pelo bem público.

Poderíamos dizer?: Abençoado o dia em Pedro Álvares Cabral aportou em terras brasilienses e onde tudo começou...



Pe. Luiz Cesar Moraes