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13 de março de 2014

Mães Más - Dr. Carlos Heecktheuer



 Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a
lógica que motiva os pais e as mães , eu hei de dizer-lhes:
Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão e a que horas
regressarão.
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que
vocês soubessem que aquele amigo, ou aquela namorada  não era boa companhia.
  Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por
vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas
ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu
sabia que vocês poderiam me odiar por isso(e em momentos até odiaram).
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou content e, venci...Porque no final vocês venceram também!
E um dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
"Sim, nossa mãe era má .Era a mãe mais má do mundo...".
As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer pão, tomar bastante leite. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.
 Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora e nos obrigava a estudar muito em dias de prova. Ficava em cima pra saber se nossos trabalhos escolares estavam bem feitos. Cheirava nossa boca pra ver se tinhamos escovado os dentes. Pegava o chinelo e sem dó terminava com as nossas brigas.Era quase uma prisão.
 Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos
apenas uma hora ou menos. Ela também violava as "leis do trabalho infantil". Nós tínhamos que arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todos esses tipos de trabalho que achávamos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer. Ela insistia sempre conosco para que disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos
adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era
mesmo chata.  Enquanto todos podiam voltar de madrugada, com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para fazer isto, e aquela chata levantava para
saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência:
Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. 
FOI TUDO POR CAUSA DELA.
Agora que somos adultos, honestos e educados estamos a fa zer o nosso melhor
para sermos "PAIS MAUS", como minha mãe foi.

EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES
MÁS.
Dr. Carlos Heecktheuer - Médico Psiquiatra

Um comentário:

Helena disse...

Graças a Deus eu sempre fui uma má mãe! Hoje meu prêmio maior é a educação dos meus filhos.

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