PARA OS AMIGOS E AMIGAS BRAZOPOLENSES – Pe. Cesar

Nesta terra tem palmeiras onde pousam as maritacas, os pássaros que ali gorjeiam, cantam desde o dia a raiar. Olhando para a mata que de lá vê-se sair casais e mais casais de canários da terra que comida pelo posto vão buscar. Quando o sino no campanário a tocar, desde tempos idos a chamar o bom Povo de Brazópolis para rezar, deixam eles suas casas e para a Casa vão se encontrar, e aos pés de São Caetano e Sant'Ana vão orar. Numa torre o tempo corre e na outra sempre parado como não querendo deixar a vida passar. É um tal de sobe e desce ladeiras, de um corre e corre para a vida continuar, indo às Escolas, ao Comércio, ou então só no Largo a ficar. 

Já tenho saudade desta terra que deixei, mas alegre parto dai sabendo que muitos e muitos Amigos e Amigas fiz, não saio de mãos vazias mas carrego grande carga do amor que ai recebi. 

Parafraseando Sílvio Caldas: "Parto levando saudade, saudades deixando, murchas caídas na serra lá perto de Deus, oh minha serra eis a hora do adeus, vou-me embora, deixo a luz do teu olhar.... adeus." Isto não quer dizer e nem insinuar "nunca mais", mas até qualquer hora.