Déborah
Oliveira foi encontrada com sinais de estrangulamento, em Itajubá, no sul de
Minas
Márcia Costanti.
Insatisfeitos
com a falta de respostas, os pais da universitária Déborah Oliveira, morta em
Itajubá, no sul do Estado, há cerca de três meses, contrataram a advogada e
especialista em perícias criminais, Roselle Soglio, para acompanhar o caso.
Famosa por trabalhar na defesa do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina
Jatobá, condenados pela morte de Isabela Nardoni, em 2008, Roselle já visitou o
local onde o corpo da jovem foi encontrado. Ela volta à cidade nesta
quarta-feira (6).
A
especialista criticou a falta de informações no laudo sobre a morte da
estudante. Segundo ela, não consta no documento que Déborah tenha sido
agredida, fato que é comprovado por meio de imagens do corpo e do relato da
equipe que localizou a jovem. Parte das fotos, inclusive, vazaram na internet e
causaram polêmica na cidade.
— O
comandante da guarda municipal, que achou o corpo, me disse que não tem dúvida
nenhuma que ela foi espancada, ela inclusive teve os dentes quebrados. Quero
que o médico legista me esclareça por que isso não consta no laudo.
A advogada
chama a atenção ainda para o desenrolar das apurações da Polícia Civil.
Recentemente, o delegado responsável pelo caso, Pedro Bezerra, divulgou que têm
12 suspeitos do crime. Para Roselle “quem tem 12, não tem nenhum”.
Peça íntima
encontrada com suspeito não era de universitária morte em Itajubá, diz polícia
Comparsa
Déborah
desapareceu no dia 14 de agosto. Ela saiu da Unifei (Universidade Federal de
Itajubá), onde cursava Sistemas de Informação, alegando que estava gripada e
com muito frio. Foi encontrada na tarde do dia seguinte, morta com sinais de
estrangulamento em uma construção na Alameda Esperança, via que faz a ligação
entre os bairros Morro Chic e BPS.
A
especialista alega que a cena do crime revela muito sobre o caso: o cadeado
arrebentado no portão fica do lado de dentro da obra. Com isso, e levando em
consideração o tamanho do imóvel, ela ressalta “não ter dúvidas” de que o
criminoso contou com a ajuda de um terceiro envolvido.
—A história
vai começar a se desvendar quando a gente descobrir como se deu o acesso a esta
casa, porque não tem acesso fácil. A casa é muito grande, por isso, mesmo que
alguém tentasse entrar de forma aleatória, teria que ter a certeza absoluta que
não tinha ninguém ali.
Emboscada
A advogada
solicitou ao delegado Pedro Bezerra, responsável pelas investigações, as
imagens que exibem o momento em que a vítima chega à rua onde ocorreu o crime.
Roselle alega que as informações do inquérito levam a crer que Déborah conhecia
o assassino.
—Existem
coisas de valor na casa que não foram furtadas, isso demonstra que a pessoa
tinha a intenção de praticar o crime, não foi uma atitude aleatória. Ela parece
conhecer o agressor dela, pelo menos de vista, mas a coisa toda se desenrolou
como uma emboscada para a Déborah.
A reportagem
do R7 tentou entrar em contato com o delegado da cidade até o fechamento desta
publicação, mas ele não foi encontrado.
Fonte: http://noticias.r7.com
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