Esta bandeira foi usada como símbolo oficial do Reino ao
lado dos três pavilhões já citados, a Bandeira da restauração, a do Principado
do Brasil e a Bandeira de D. Pedro II, de Portugal
Bandeira
do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve (1816-1821)
Após a vinda da família real para o Brasil em 1808, o Brasil
passou por várias transformações, e entre elas, a elevação a Reino Unido.
Criado em 1815, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve só ganhou uma
bandeira em 13 de maio de 1816.
Em 1821 - portanto, cinco anos depois - as cortes
constituintes potuguesas decretaram que o campo da bandeira fosse azul e
branca, "por serem cores do escudo de Afonso Henriques". Nela
desaparecia a esfera armilar, como se a Bandeira Constitucional não
representasse mais o Reino Unido.
Um ano depois de instituída esta bandeira, "as cores do
escudo de Afonso Henriques", apostas no tope dos uniformes militares de D.
Pedro I e de sua guarda de honra eram arrancadas na colina do Ipiranga, no
memorável Sete de Setembro de 1822.
Bandeira
do Regime Constitucional ( 1821- 1822)
Em 1815, Napoleão foi derrotado, porém, D. João e a corte
portuguesa não regressaram à Portugal, como era de se esperar. Contudo, em
1820, os portugueses se revoltaram e realizaram a Revolução Constitucionalista
do Porto e exigiram o retorno de D. João VI. Em 1821, o rei português retornou,
não como um rei absolutista, mas como rei de uma monarquia constitucional.
É nesse contexto, que as Cortes (parlamento português)
criaram uma nova bandeira em 21de agosto de 1821: a Bandeira do Regime
Constitucional.
Última bandeira lusa a tremular em terras brasileiras.
A Revolução do Porto, de 1820, fez prevalecer em Portugal os
ideais liberais da Revolução Francesa, abolindo a monarquia absoluta e
instituindo o regime constitucional, cujo pavilhão foi criado em 21 de agosto
de 1821. Foi a última bandeira Lusa a tremular no Brasil.
Bandeira
Imperial do Brasil (1822 - 1889)
Recusando-se obedecer as ordens das Cortes Portuguesas, D.
Pedro, a 7 de setembro de 1822,
proclamou a emancipação
política do Brasil.
Nossa primeira bandeira nacional sofreu uma modificação após
quase três meses de existência, transformando-se na Bandeira Imperial do Brasil
em 1º de dezembro de 1822: "Havendo sido proclamada com a maior espontaneidade
dos povos a Independência política do Brasil, e sua elevação à categoria de
Império pela minha solene aclamação, sagração e coroação, como seu Imperador
Constitucional e Defensor Perpétuo: hei por bem ordenar que a Coroa Real que se
acha sobreposta no escudo das armas estabelecido pelo meu imperial decreto de
18 de setembro do corrente ano, seja substituída pela Coroa Imperial, que lhe
compete,a fim de corresponder ao grau sublime e glorioso em que se acha
constituído este rico e vasto Continente".
Criada por Decreto de 18 de setembro de 1822, era composta
de um retângulo verde e nele, inscrito, um losango ouro, ficando no centro
deste o Escudo de Armas do Brasil. Assistiu ao nosso crescimento como Nação e a
consolidação da unidade nacional.
O autor da Bandeira do Império do Brasil, com a colaboração
de JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA, foi o notável pintor e desenhista francês
JEAN BAPTISTE DEBRET - que teve grande participação na vida cultural do Brasil,
no período de 1816 a 1831.
Bandeira
Provisória da República (15 a 19 Nov 1889)
No dia 15 de novembro de 1889, a monarquia no Brasil chegava
ao seu fim. Com um golpe militar comandado pelo marechal Deodoro da Fonseca, o
Brasil se tornava uma república. Em substituição a Bandeira Imperial foi
hasteada no mesmo dia, na redação do jornal "A Cidade do Rio" e na
Câmara Municipal.
Conhecida como a bandeira do CENTRO REPUBLICANO LOPES
TROVÃO, cópia da Norte-Americana, composta de sete listras verdes e seis
amarelas, tendo no canto superior, junto à tralha, um quadrado de cor preta,
contendo 20 estrelas de prata, simbolizando os vinte estados da época.
Com a partida de D. Pedro II e da Família Real para o
exílio, em 16 de novembro de 1889, a bordo do NM ALAGOAS, foi usada a nova
bandeira, com exceção do quadrado preto, que foi substituido por um azul.
Uma bandeira composta de 13 listras horizontais, sete verdes
e seis amarelas; com um quadrado azul interrompendo as cinco primeiras faixas,
com 21 estrelas de prata, (mantidas as 20 estrelas da anterior mais a do
Município Neutro, futuro Distrito Federal), divididas em quatro grupos e quatro
estrelas e mais um grupo com cinco.
É claro, que está visível a semelhança com bandeira dos
Estados Unidos, e por isso mesmo, no momento do planejamento da bandeira
definitiva da república, a semelhança com essa bandeira foi rechaçada.
Esta bandeira foi hasteada na redação do jornal "A
Cidade do Rio", após a Proclamação da República, e no navio
"Alagoas", que conduziu a família imperial ao exílio.
Bandeira
Nacional Brasileira (atual)
A quinta e última bandeira do Brasil veio com a Proclamação
da República.
A bandeira do Brasil foi projetada em 1889 por Raimundo
Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares.
Ela é inspirada na bandeira do Império, desenhada pelo
pintor francês Jean Baptiste Debret, com a esfera azul-celeste e a divisa
positivista "Ordem e Progresso" no lugar da coroa imperial, deve-se a
Benjamim Constant que o sugeriu a Raimundo T. Mendes.
A expressão foi extraída da fórmula máxima do Positivismo:
"O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim", que se
decompõe em duas divisas usuais - Uma moral, 'Viver para outrém' (altruísmo -
termo criado por Comte), ou seja, por o interesse alheio acima de seu próprio
interesse, e outra estética, 'Ordem e Progresso', ou seja, cada coisa em seu
devido lugar para a perfeita orientação ética da vida social.
Dentro da esfera está representado o céu do Rio de Janeiro,
com a constelação do Cruzeiro do Sul, às 8:30 horas de 15 de novembro de 1889,
dia da Proclamação da República. As estrelas foram inspiradas nas que,
realmente, brilhavam no céu do Brasil, na histórica madrugada de 15 de novembro
de 1889: "Espiga, Procium, Sirius, Canopus, Delta, Gama, Epsilon, Seta,
Alfa, Antares, Lambda, Mu, Teta e outras".
Em 1992, uma lei alterou a bandeira para permitir que todos
os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal estejam representados por
estrelas.
As Cores da Bandeira Nacional
No caso da bandeira brasileira, o verde traria à lembrança o
primeiro objeto que funcionou como bandeira: os ramos arrancados das árvores
pelos homens primitivos em atitude espontânea de alegria. O verde nos remeteria
ainda à nossa filiação com a França, à juvenilidade do país e ao imenso mar,
literariamente verde nos escritos de José de Alencar.
O amarelo, por sua vez, representaria nossa riqueza mineral
e a aventura dos bandeirantes à procura do ouro. De maneira poética, nos
levaria à imagem do sol, astro que nos garante condições essenciais de
sobrevivência.
Numa homenagem à Nossa Senhora, padroeira de Portugal e do
Brasil, o azul, ao lado da cor branca, nos colocaria no esquema bandeirológico
latino-americano, onde predominam essas duas cores: azul e branca.
E finalmente o branco. Traduzindo nossos desejos de paz, nos
inclui nas filosofias que enxergam Deus como plenitude do ser e do poder, assim
como o branco é a plenitude das cores.
Fonte: http://www.achetudoeregiao.com.br/atr/bandeiras_do_brasil.htm
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