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30 de maio de 2016

Apareça - Patrícia Pereira

Apareça hoje para tomarmos aquele nosso café já tantas vezes combinado e tantas outras adiado pelas urgências da vida. Vamos conversar por horas e você me conta todas as suas novidades. Fiquei sabendo que está em um emprego novo, alguma coisa na área da comunicação. Você sempre foi tão criativo e sua vida sempre foi mais emocionante que a minha. Aliás, não vou me surpreender se só você falar, pois minha vida anda tão parada e confesso que amo te olhar enquanto conta suas histórias com aquele brilho nos olhos típicos de uma criança quando está conhecendo o mundo, mas com a coragem de quem já viveu tanto.
Nos intervalos das suas histórias, enquanto você recupera o folego pra me contar a sua próxima aventura e aqueles planos mais loucos que talvez eu nunca tenha coragem de participar, eu recordo alguns dos nossos momentos. Você se lembra daquele dia em que saímos com a ideia de ver o pôr do sol, embora o tempo já tinha nos alertado que as chances eram mínimas de isso dar certo? As nuvens pesadas alertando da chuva que estava por vir, mas que não conseguiu nos fazer pensar em ir embora, ou talvez até tenhamos pensado, mas a conversa estava tão boa, as risadas tão frequentes e os desabafos que só quem tem uma intimidade verdadeira consegue fazer um ao outro. Recordo de você cantando uma música que nunca ouvi, mas que rapidamente inventei uma coreografia e a nossa corrida para fugirmos da chuva que finalmente resolveu cair.  Risadas... e lá estavam dois loucos sendo felizes. Felicidade não sei porque rima com loucura
Quando meus olhos encaram você novamente, percebo que sorri e me olha como se analisasse cada um dos meus traços. Olha só, você ainda consegue me deixar vermelha depois de tanto tempo. Não consigo pensar em nada inteligente pra dizer,  na verdade não consigo pensar em nada ,meu cérebro não está ordenando corretamente  as palavras. Só consigo sentir o pulsar dentro do meu peito acelerado e a respiração idêntica, que não normalizam porque você não tira os seus olhos de mim.
Silêncio!
Já não vejo o  seu rosto. Meus olhos estão fechados e os seus também. Uma de suas mãos se encontra a minha e descansam sobre o meu peito e dessa forma você pode sentir toda a confusão que cria em mim quando está por perto. Pode sentir o tremor dos meus lábios junto aos seus, as batidas aceleradas do meu coração e a minha respiração que aos poucos vai se acalmando...em meio a toda essa confusão, você me consegue me acalmar. A paz que muitas vezes eu perco na vida cotidiana, nos meus dramas tantas vezes sem fundamento, vêm a tona na sua presença. Um turbilhão de sensações, uma confusão transformada em calma em segundos...
Você já está sorrindo novamente e começa um assunto novo com entusiasmo. Me concentro: um, dois, três! Acalmo a respiração o máximo que consigo e emendo algum comentário com o meu habitual sorriso que tenta demonstrar naturalidade.
Um abraço apertado somado a um beijo demorado. Sorrimos um para o outro e nesse momento, por incrível que pareça, até você está sem palavras...
Um "até logo, meu bem!" Embora esse logo possa demorar muito a chegar. Sem datas marcadas, mas mesmo assim eu espero e torço para que o tempo passe rápido.... APAREÇA!!

Um comentário:

Patrícia disse...

Grata pela oportunidade, Fátima.

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