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13 de agosto de 2012

Lembranças - Dico Faria


      Brazópolis
    Ó minha terra querida
    que não esqueço jamais,
    onde vivi com meus pais
    o melhor da minha vida.
    
    Ah, se eu pudesse voltar
    aqueles tempos tão lindos
    que de prazeres infindos
    vivia a vida a sonhar
    
    Da primeira namorada,
    do verde das suas matas,
    das noites de serenatas.
    do romper da madrugada.
    
    Dos dois sinos da Matriz,
    das noites de São João,
    Da subida do balão
    das fogueiras que já fiz
    
    Do nascer do lindo sol,
    da saudosa pescaria,
    das noites de boemia,
    dos jogos de futebol.
    
    Ah, se eu pudesse voltar
    aqueles tempos felizes
    livre das cicatrizes
    que agora me veem magoar,
    
    Então jamais me ausentasse
    dessa terra que amo tanto,
    e não teria esse pranto
    de saudade em minha face.
    
História de Dico Faria

    Primeiro ocupante da cadeira número vinte e um da Academia Itajubense de Letras. Benedito de Faria e Souza, era mais conhecido como “Dico Faria”. Ele nasceu em Brazópolis, em 16 de junho de 1911. Filho de Francisco de Faria e Souza (Chico João) e D. Benedita Pinto Faria (D. Bidote). Passou a infância em Brazópolis-MG, foi comerciante, militar e depois que foi para Itajubá-MG, ele passou a jogar futebol e era um exímio nadador.

    Dico Faria quando residiu em Itajubá, vestiu e defendeu a camisa do Yuracan Futebol Clube, bem como do Clube Futebol da Fábrica de Armas. Gostava da noite, na noite fazia seus poemas, tocava piano e o seu violão. Ele tem uma trova muito interessante que ele fala: “Todos nós temos na vida um desejo a realizar, mas a meta preferida nem todos vão alcançar”. Era um exímio trovador, fazia trovas interessantíssimas. Ele fala de uma trova sobre a questão racial: “Nesse país colorido repete-se antiga pilhéria, dizia que o pobre sofrido vai se livrar da miséria”. Eram trovas de cunho social enorme.

    Ele veio a falecer em 26 de novembro de 2003. Calou-se o poeta, caiu a pena, perdeu-se o mais puro e velho representante do romantismo. Na Academia Itajubense de Letras, aquele que sempre a exaltou e somente a engrandeceu. O poeta das suas remininências, talvez um dos últimos poetas românticos.

Panegírico de Paulo Roberto Tavares Pereira, membro da Academia Itajubense de Letras.

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigada Fati, pelo carinho. bjs a todos

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