O fim do
pagamento da remuneração de vereador em municípios com até 50 mil habitantes é
o objetivo de proposta de emenda à Constituição (PEC) em análise na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). De autoria do senador Cyro Miranda
(PSDB-GO), o texto foi subscrito por outros 30 parlamentares. Se aprovada pelo
Congresso Nacional, a proposição deverá atingir cerca de 90% das câmaras
municipais do país.
Além disso,
a PEC limita o total da despesa das câmaras de vereadores dessas cidades a no
máximo 3,5% da arrecadação municipal.
Estamos
seguros de que sua adoção causará impactos positivos consideráveis, tendo em
vista que 89,41% dos municípios brasileiros possuem até 50 mil habitantes.
Dessa forma, pouco mais de 600 municípios brasileiros continuarão a remunerar
seus vereadores, argumenta o senador.
Com essa
medida, acredita ele, os vereadores passarão a assumir o cargo eletivo em razão
de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua capacidade
profissional. Portanto, para o senador, serão selecionados candidatos
comprometidos com a ética, o interesse público e o desenvolvimento local.
O senador
avalia que a proposta, se aprovada, trará um impacto positivo para os cofres
públicos dos pequenos municípios. Ele lembra que o número de vereadores no país
pode superar a marca de 59 mil nas eleições de 2012. Quase sete mil a mais do
que o número de eleitos para as câmaras municipais em 2008, o que representa,
conforme assinala Cyro Miranda, um aumento significativo nos gastos públicos
municipais.
Na
justificativa da PEC, o senador também lembra que a própria Constituição
Federal permite aos vereadores ocupantes de cargo público acumular outras
funções no caso de compatibilidade de horários. Cyro Miranda ressalta ainda
que, na maioria dos municípios, os vereadores reúnem-se duas ou três vezes por
mês, o que viabiliza a manutenção de outras atividades profissionais por parte
desses parlamentares.
A proposta,
que tramita no Senado como PEC 35/12 , aguarda a designação de relator na CCJ
e, se aprovada pela comissão, segue para análise do Plenário.
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