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27 de janeiro de 2016

CORAL VOZES DE EUTERPE - Recompondo sua história para quem viveu seu nascimento - Newton Alfredo Ribeiro de Noronha


  
    __ Euterpe, minha filha, esta é a palavra que, conjugada, ou melhor, contraponteada com Vozes, poderá definir o nome que vocês estão procurando. Euterpe, filha de Zeus, era a musa protetora das artes, e entre elas, a música que na mitologia grega significa a melhor fonte do prazer. Junte Vozes com Euterpe e você terá Vozes de Euterpe, um nome pleno de significado para o coral que vocês estão criando. Este é um diálogo imaginário que tento criar entre pai e filha, no dia 12 de maio de 1962, quando Maria Alba Faria de Mendonça, pianista e cantora propôs em reunião, o nome para o coral. Bem, foi daí, isto é, do diálogo imaginário – que na verdade não era tão imaginário assim, a não ser pelas circunstâncias - que Waldemar Pereira de Mendonça, o grande maestro da Santa Cecília, compositor e instrumentista, autor do singelo Hino a Brasópolis, com letra de Alfredo de Oliveira Noronha, sugeriu o pomposo nome para o coral que hoje completa 50 anos, louvando e dignificando a arte pela dedicação de seus cantores que emprestam suas vozes numa completa doação de sua sensibilidade para o prazer de nossos ouvidos e de nossa alma.
    A idéia magnífica do moço José Resende Vilela, organista e cantor da matriz, frutificou em bom terreno, pois aquele coro que em 1960, 61 e 62, tentava reviver a arte pura de João de Oliveira Noronha, de Dona Assunção Braz Melo que acompanhava – nos idos de 1940 a 50 - ao harmônio as maravilhosas vozes de Ana Júlia Gomes, Dona Nefa Machado, Amanda Chaves, Maria José Chaves Noronha, Leonídia Pereira de Souza, Lourdes Vergueiro, Georgina Pereira de Oliveira, Aparecida Sandy e outras, que executavam as Ladainhas de João Batista Lehmann, nas rezas noturnas (não havia missa no período noturno nas paróquias, era proibido pelo Vaticano). Durante o mês de maio, havia as coroações e aquele coro da Matriz nos deixava, já como crianças, em êxtase, pela maviosidade de suas vozes e pela qualidade exuberante de suas interpretações; ele foi a semente prodigiosa da arte dos coros que deram frutos a mancheias e elevaram o nome de Brasópolis.

    Em 12 de maio de 1962, os cantores e cantoras, num total 14 homens e 26 mulheres, que se reuniram no salão de festas do Ginásio Brasópolis, para dar o primeiro fundamento concreto à criação do glorioso e festejado coral Vozes de Euterpe e fazer a primeira audição pública, foram José Resende Vilela, Maria Alba Faria de Mendonça, Newton Alfredo Ribeiro de Noronha, Georgina Pereira de Oliveira, Juca Sandy (José Inácio Sandy), José Flávio Simões, José Mauro Dias Cintra, José Vicente Mendes, Roberto Resende Vilela, Wanderlei Campos, Marcos Faria, João Mário Braga, Décio Faria Renó, Luiz Gonzaga Martins, Ruth Ana Simões, Edith Simões, Delma Veloso, Maria Regina Nogueira, Maria da Glória Rebelo, Maria Dinorá Mota, Maria Terezinha Toledo, Neuza Cintra, Lenita Simões, Ângela Dias, Afife Renó Abrahão, Maria Helena Lobo, Maria Dorotéa Sandy, Maura Venâncio, Glória Salgado Sandy, Vitória Régia, Maria Zélia Noronha, Marília Alvarenga Chaves, Maria Inez Ramos, Inês Maria Dias, Maria Célia Faria, Judite Pereira Serpa, Maria Aparecida Dias, Aparecida Toledo, Ana Maria Vergueiro e Benedita Fernandes.
    Esta é a história do Coral Vozes de Euterpe que nossos filhos, netos e a juventude Brasopolense precisa conhecer e valorizar; afinal, como Carl Jung afirma: “o homem nasce dentro de um contexto histórico específico com qualidades históricas específicas e, portanto, só é completo quando tem relações com essas coisas” e o presente se agrega à história, não tanto pela quantidade de produção, mas pela qualidade de sua ação social na história das comunidades.

Um comentário:

Professor Faria disse...

O Coral Vozes de Euterpe é um grande Patrimônio Cultural,reconhecidamente em Minas,no Brasil e no exterior. O cultivo e a preservação da Música Sacra Coral faz dele o grande diferencial entre os coros existentes hoje. Fazer memória desta história de arte e cultura e reconhecer a grandeza desta terra que chama Brazópolis. Parabéns.

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