AQUI, FÁTIMA NORONHA TRAZ NOTÍCIAS DE SUA PEQUENA BRAZÓPOLIS, CIDADE DO SUL DE MINAS GERAIS.
30 de novembro de 2010
Fatos históricos do dia 30 de novembro
Um gênio do cinema
Em 30 de novembro de 1914, aos 25 anos, Charles Spencer Chaplin estreou nas telas com Making a Living. Carlitos, o maior de seus personagens, só entraria em cena nos filmes seguintes. Foi um dos ícones do século XX e o cinema jamais seria o mesmo após esse acontecimento.
1645 - Um terremoto destrói a catedral de Manila, nas Filipinas.
1667 - Nasce o escritor Jonathan Swift, autor de "As viagens de Gulliver".
1782 - Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha assinam o Tratado de Paris, pondo um fim a Guerra Revolucionária norte-americana.
1807 - O exército francês, sob o comando do General Junot, ocupa Lisboa e assume a presidência do conselho de Governo.
1838 - Após a ocupação francesa de Vera Cruz, o México declara guerra à França. O conflito é conhecido como a Guerra dos Pastéis.
1874 - Nasce Winston Churchill, primeiro ministro inglês.
1878 - Morre o genereal Francisco Linhares Alcântara, presidente de Venezuela.
1900 - O escritor Oscar Wilde, autor de O retrato de Dorian Gray, morre aos 46 anos. Vítima de intolerância, ele teve sua vida pessoal constantemente atacada.
1913 - Charles Chaplin inicia a sua carreira de ator cinematográfico com o filme Making a Living, de Mark Sennett.
1919 - Pela primeira vez na França, as mulheres votam em eleições legislativas.
1920 - A Prússia torna-se um Estado livre, parlamentar e democrático. O presidente do Conselho é o social-democrata Otto Braun.
1922 - Manifestação do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães reúne 50 mil pessoas em Berlim.
1930 - Inauguração de vôos comerciais entre Brasil e Estados Unidos pela Pan American Airlines.
1931 - Estréia no Rio de Janeiro o filme Coisas Nossas, primeiro musical longa-metragem brasileiro.
1935 - Morre o poeta português Fernando Pessoa.
1935 - Na Alemanha de Hitler, é concedido o direito de divórcio no caso de um dos cônjuges não acreditar nos ideais nazistas.
1938 - Emil Hacha é eleito presidente da Checoslováquia.
1947 - Um dia após as Nações Unidas declararem a formação do estado de Israel, o estado judeu é atacado por seus países vizinhos.
1949 - Fortes temporais causam a morte de quatro mil pessoas na Guatemala.
1950 - Harry Truman, presidente dos Estados Unidos, anuncia que seu país pode utilizar a bomba atômica no conflito da Coréia.
1958 - Após 93 anos no poder, o Partido Colorado perde as eleições legislativas no Uruguai, vencidas pelo Partido Branco.
1961 - A União Soviética veta o direito do Kuwait de se tornar membro das Nações Unidas.
1964 - A URSS lança a nave espacial Sonda II.
1964 - O Presidente Castelo Branco promulga o Estatuto da Terra, uma lei que regula direitos e obrigações relacionadas aos bens imóveis rurais.
1966 - Barbados, um estado insular independente localizado dentro das Pequenas Antilhas, torna-se independente da Inglaterra.
1967 - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil condena a prisão de clérigos.
1967 - O Iêmen torna-se independente da Grã-Bretanha.
1981 - Os Estados Unidos e a União Soviética começam a negociar em Genebra um acordo para reduzir o número de armas nucleares na Europa.
1986 - No Brasil, um terremoto de 5.1 graus na Escala Richter atinge o município de João Câmara, no Rio Grande do Norte.
1988 - Um ciclone atinge Bangladesh, ao leste da Índia, e deixa cerca de dois mil mortos. Dois terços do território ficaram submersos.
1994 - O transatlântico italiano Achille Lauro incendeia-se em alto-mar, provocando a morte de duas pessoas. Em seu histórico, o navio já tinha acidentes e até seqüestro.
1995 - Bill Clinton torna-se o primeiro presidente dos Estados Unidos a visitar a Irlanda do Norte.
1997 - Israel anuncia a retirada parcial da Cisjordânia, após 30 anos de ocupação.
SANTO DO DIA 30 DE NOVEMBRO
Santo André, Apóstolo e Mártir
Foi um dos primeiros discípulos de Nosso Senhor. Era irmão de São Pedro, que apresentou ao Mestre. Segundo antiga tradição, pregou na região dos Bálcãs e sofreu o martírio sendo crucificado numa cruz em forma de X (conhecida heraldicamente como Cruz de Santo André).
ORIGEM DA EXPRESSÃO: Onde Judas perdeu as botas!
Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.
1º Retiro da Liga Apostólica Feminina de Schoenstatt em Brazópolis
30 anos da morte do grande Cartola
Não teve samba na Mangueira. Era 30 de novembro de 1980.
Morreu Cartola.
Em Mangueira passou quase a vida toda, fez amigos, casou, cuidou dos filhos e netos. Desde que a família saiu de Laranjeiras, o morro foi seu universo, sua inspiração.
Menino, não demorou a se ambientar à malandragem. Entregou-se ao samba. Não parava em emprego. Como ajudante de pedreiro, usando chapéu-coco para não sujar os cabelos com cimento, ganhou assim o apelido célebre. Fazia parte do grupo mais barra-pesada.
Eram bons de briga e de samba. Respeitado pelo talento com o violão e a criatividade para compor, parou com as arruaças, uniu os sambistas e criou uma escola de samba.
Chega de Demanda
Num samba, convocou:
Chega de demanda / Chega! / Com este time temos que ganhar / Somos da Estação Primeira / Salve o morro da Mangueira.
Em 28 de abril de 1928, fundaram a Mangueira. Cartola escolheu cores e nome. “Resolvi chamar de Estação Primeira porque, contando a partir da Central do Brasil, era a primeira estação de trem, onde tinha samba.”
Envolvido com assuntos da escola, levava a vida. Nada o afastou das farras, nem o casamento com Deolinda, mulher mais velha, experiente.
Compunha com tanta facilidade, que criava hoje e esquecia amanhã. Certa vez, o compositor Nelson Sargento cantou um samba lindo. Cartola quis saber de quem era. “É teu.” E para provocar: “Se me der parceria, canto mais uns dez que tu não lembra.”
A produção crescia. Cantores famosos paravam carros luxuosos no pé do morro para comprar seus sambas.
Não Quero Mais Amar a Ninguém
Período difícil. Decepciona-se com a escola. Os desfiles seguem padrões da classe média, deixando de lado as tradições enraizadas nos morros. Deolinda morre. Cartola chora em versos.
Desaparece. Chegou a ser dado como morto. Cantaram sambas “em memória”. A vida mudaria com um grande amor. Zica, cunhada do amigo e parceiro Carlos Cachaça. Passaram a viver juntos no início da década de 1950.
Em 1964, quando decidiram casar, ao dar entrada nos papéis, descobriu chamar-se Angenor de Oliveira, e não Agenor. Com ela, Cartola voltou para a Mangueira. Deprimido, bebia até duas garrafas de cachaça por dia. Quem segurava a onda era Zica, cozinhando e vendendo marmitas.
O Sol Nascerá
Certa noite, o jornalista Sérgio Porto, que assinava Stanislaw Ponte Preta, tomava café num bar em Copacabana, quando deu de cara com um lavador de carros. “O senhor não é o Cartola da Mangueira?” Ele mesmo.
Ponte Preta promoveu seu retorno. Publicou notas, levou-o a seu programa na Rádio Mayrink Veiga.
Cartola e Zica montaram restaurante, o Zicartola. Vivia abarrotado de compositores e músicos. Mal administrado, faliu.
Em 1974, aos 63 anos, Cartola grava o primeiro disco, graças ao empenho do produtor J. C. Botezelli, o Pelão. Ganhou todos os prêmios do ano e a oportunidade de assentar a vida. Shows, programas de televisão e rádio, madrugadas em estúdios, excursões.
Tempos Idos
Cartola, que mal concluiu o primário, encantava compositores como Villa-Lobos. Musicólogos derramaram-se em elogios. Diziam que Cartola era um dos maiores elos entre nosso passado lírico profundo e nossa gente mais simples.
No final dos anos 1970, descobriu que tinha câncer. Até morrer, aos 72 anos, continuou a compor e cantar. Sobre o caixão, bandeiras da Mangueira e do Fluminense. A multidão cantando As Rosas Não Falam. E o sentimento de todos expresso na frase do sambista Nelson Sargento:
“Cartola não existiu. Foi um sonho que a gente teve.”