Fonte: Ministério da Previdência Social
De acordo
com estudo feito pelo Ministério da Previdência Social (MPS), dados apontam que
as mulheres são mais vulneráveis a contraírem doenças ocupacionais. Conforme as
pesquisas realizadas entre os anos de 2004 e 2013, os vínculos empregatícios de
mulheres no mercado de trabalho tiveram crescimento de 79%, considerando também
que a concessão de auxílio-doença acidentário para essas trabalhadoras tenha
atingindo o índice de 72%. Comparando esses números aos dos homens inseridos no
mercado de trabalho, o emprego assalariado cresceu 53% durante o mesmo período
de avaliação, enquanto o auxílio-doença acidentário ascendeu pouco mais de 60%.
Conforme
destaca o diretor do Departamento de Saúde e Segurança Ocupacional do MPS,
Marco Pérez, a justificativa para o crescimento das concessões de benefícios
acidentários deve-se, principalmente, à Lei 11.430, de 2006, que estabelece o
aumento do valor dos benefícios da Previdência Social além de outros dois
motivos acrescentados por Pérez: “A população brasileira está envelhecendo e o
trabalho, interagindo com esse envelhecimento populacional, acaba agravando
também a saúde do trabalhador. Além disso, observa-se, ainda, inadequação dos
locais de trabalhos para as mulheres”.
Ao
observarmos as principais causas de afastamentos no trabalho, podemos destacar
também diferença peculiar entre homens e mulheres: enquanto os homens são mais
vulneráveis às causas traumáticas, os principais motivos que afastam mulheres
no trabalho estão relacionados às doenças decorrentes de más condições
ergonômicas oferecidas no ambiente laboral.
Ainda
segundo Pérez, os dados obtidos demonstram também a necessidade de adequação
dos locais de trabalho: “Os números desse estudo indicam que as políticas de
prevenção de acidentes de trabalho devem, além de focar nas diferenças
existentes entre os gêneros atuar, também, na adequação do ambiente de trabalho
considerando a maior vulnerabilidade da mulher”.
Para que as
empresas possam oferecer um completo programa ergonômico visando o cuidado com
a saúde de homens e mulheres no ambiente laboral, é importante que as condições
de trabalho sejam sempre adequadas aos métodos de prevenção de acidentes e
patologias ocupacionais.
Ao adotar os
procedimentos e técnicas comuns em um programa de ergonomia completo e bem
elaborado, as empresas podem usufruir dos benefícios oferecidos em uma análise
ergonômica do trabalho que deve ser realizada por profissional competente, apto
a desenvolver os laudos técnicos necessários, além de palestras e treinamentos
visando o cuidado com a saúde dos trabalhadores e uma maior eficiência
produtiva.
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