Morreu no início da madrugada desta quinta-feira (29) o
jornalista Joelmir Beting, aos 75 anos. Ele estava internado desde o dia 22 de
outubro no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e, no domingo
(25), sofreu um acidente vascular encefálico hemorrágico (AVE).
Joelmir
atuava como comentarista de economia no grupo Bandeirantes. Ele tinha mais de
55 anos de carreira.
Joelmir
Beting nasceu em Tambaú, interior de São Paulo, em 21 de dezembro de 1936. Em
1957, começou a estudar sociologia na Universidade de São Paulo (USP) para
fazer carreira no jornalismo. Em 1957, iniciou carreira na editoria de
esportes. Trabalhou nos jornais “O Esporte” e “Diário Popular” e também na
rádio Panamericana, que posteriormente virou Jovem Pan.
Em 1962,
sociólogo formado, trocou o jornalismo esportivo pelo econômico. Em 1968, virou
editor de economia do jornal “Folha de S.Paulo”. Em 1970, lançou sua coluna
diária, que foi publicada durante anos por uma centena de jornais brasileiros,
com o timbre da Agência Estado.
Em 1991, o
profissional iniciou nova fase no jornal “O Estado de S.Paulo”. A coluna foi
mantida até 30 de janeiro de 2004. No mesmo ano que ela foi lançada, em 1970,
Joelmir também começou a passar informações diárias sobre economia nas rádios
Bandeirantes, CBN, Jovem Pan e Gazeta e nas redes de TV Bandeirantes, Gazeta,
Record e Globo, até 2003.
Em março de
2004 voltou ao grupo Bandeirantes. Permaneceu até hoje como comentarista
econômico nas rádios Band News FM e Bandeirantes, e também do Jornal da Band,
na TV. Também era um dos âncoras do programa de entrevistas “Canal Livre”. Na
Rede Globo, trabalhou por 18 anos.
Ele escreveu
ainda dois livros: "Na prática a teoria é outra" e "Os juros
subversivos".
Joelmir
Beting deixa dois filhos: o publicitário Jean Franco e o jornalista esportivo
Mauro.
Seu filho, o
também jornalista Mauro Beting, divulgou na rede social Facebook o horário da
morte do pai, e escreveu: “um minuto de barulho por Joelmir Beting: 21 de
dezembro de 1936 - 0h55 de 29 de novembro de 2012”.
Mauro estava
no ar, na Rádio Bandeirantes, quando soube da morte do pai. Ele conteve as
lágrimas e fez uma homenagem lendo uma carta no início da madrugada desta
quinta-feira (29).
Meu pai.
O melhor pai
que um jornalista pode ser. O melhor jornalista que um filho pode ter como pai.
Preciso
dizer algo mais para o melhor Babbo do mundo que virou o melhor Nonno do
Universo?
Preciso. Mas
não sei. Normalmente ele sabia tudo. Quando não sabia, inventava com a mesma
categoria com que falava sobre o que sabia.
Todo pai é
assim para o filho. Mas um filho de jornalista que também é jornalista fica
ainda mais órfão.
Nunca vi meu
pai como um super-herói. Apenas como um humano super. Só que jamais imaginei
que ele pudesse ficar doente e fraco de carne. Nunca admiti que nós pudéssemos
perder quem só nos fez ganhar.
Por isso
sempre acreditei no meu pai e no time dele. O nosso.
Ele me
ensinou tantas coisas que eu não sei. Uma que ficou é que nem todas as palavras
precisam ser ditas. Devem ser apenas pensadas. Quem fala o que pensa não pensa
no que fala. Quem sente o que fala nem precisa dizer.
Mas hoje eu
preciso agradecer pelos meus 46 anos. Pelos 49 de amor da minha mãe. Pelos 75
dele.
Fonte: G1
Fonte: G1
Um comentário:
O mais imparcial jornalista que já assisti na tv aberta. Sem medo de nada.
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