Com a chegada de imigrantes europeus no Brasil, as ideias de
princípios e leis trabalhistas vieram junto. Em 1917 houve uma Greve geral. Com
o fortalecimento da classe operaria, o dia 1º de Maio foi declarado feriado
pelo presidente Artur Bernardes em 1925.
Até o início da Era Vargas (1930-1945) certos tipos de
agremiação dos trabalhadores fabris eram bastante comuns, embora não
constituísse um grupo político muito forte, dado a pouca industrialização do
país. Esta movimentação operária tinha se caracterizado em um primeiro momento
por possuir influências do anarquismo e mais tarde do comunismo, mas com a
chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente dissolvida e os
trabalhadores urbanos passaram a ser influenciados pelo que ficou conhecido
como trabalhismo.
Até então, o Dia do Trabalhador era considerado por aqueles
movimentos anteriores (anarquistas e comunistas) como um momento de protesto e
crítica às estruturas socioeconômicas do país. A propaganda trabalhista de
Vargas, sutilmente, transforma um dia destinado a celebrar o trabalhador no Dia
do Trabalhador. Tal mudança, aparentemente superficial, alterou profundamente
as atividades realizadas pelos trabalhadores a cada ano, neste dia. Até então
marcado por piquetes e passeatas, o Dia do Trabalhador passou a ser comemorado
com festas populares, desfiles e celebrações similares. Atualmente, esta
característica foi assimilada até mesmo pelo movimento sindical:
tradicionalmente a Força Sindical (uma organização que congrega sindicatos de
diversas áreas, ligada a partidos como o PDT) realiza grandes shows com nomes
da música popular e sorteios de casa própria. Na maioria dos países
industrializados, o 1º de maio é o Dia do Trabalho. Comemorada desde o final do
século XIX, a data é uma homenagem aos oito líderes trabalhistas
norte-americanos que morreram enforcados em Chicago (EUA), em 1886. Eles foram
presos e julgados sumariamente por dirigirem manifestações que tiveram início
justamente no dia 1º de maio daquele ano. No Brasil, a data é comemorada desde
1895 e virou feriado nacional em setembro de 1925 por um decreto do presidente
Artur Bernardes.
Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalhador,
no Brasil, se expressa especialmente pelo costume que os governos têm de
anunciar neste dia o aumento anual do salário mínimo. Outro ponto muito
importante atribuído ao dia do trabalhador foi a criação da Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT, em 01 de maio de 1943.
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