Quero tomar
outro porre,
mais um, de
tantos que ainda virão.
Beber,
sorrir, brincar, cantar, cantar músicas de amor,
sim, cantar,
cantar freneticamente,
desafinadamente,
esquecer a letra da música,
voz pastosa,
corpo suado, cabelos em desalinho,
cambaleante,
olhos brilhantes e tristes.
Porém quando
só, no meu aconchego, pensar em você,
lembrar que
você deveria estar ali, mas não estava,
pensar que
você deveria ser minha “backvocal”, mas não era,
lembrar que
eu deveria cantar uma música olhando nos teus olhos,
como se te
dedicando, mas você não estava ali,
nunca
esteve, nunca estará, jamais estará.
Lágrimas
esvaem-se destes olhos semi-cerrados,
a bebida,
mais sensível me torna,
queria-te
tanto pra mim, comigo,
partilhando
destes momentos,
que embora
contradigam o social, a mim, me faz muito bem,
me expõe,
mostra um homem que ama, que te ama,
que sofre,
sofre com a sua ausência, com seu desamor,
nada como um
bom porre, pra aliviar a alma,
reduzir a
distância entre eu e meus sonhos,
sonhos,
sonhos, sonhos, só sonhos, é isso que você é,
sonho, sonho
de bêbado.
Isso! você é
um sonho de um bêbado,
portanto se
você é sonho de bêbado, boa noite, até o próximo porre.
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