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22 de outubro de 2010

LIVRO NA PRAÇA PÁS MOSCA LÊ – Maria do Vá

Contá pô ceis: Hoje passei lá pás banda do Mercado Municipar e vi um caminhãozão que mai parecia uma casa de tão grande. Ele tava intuiado de livro. Percisava ve que belezura. Tinha livro, jogo e mai um monte de coisa.

Entrei nele e fiquei incantada! Coisa mai bunita aquela livraiada!

Conversei co home que tava lá dentro e ele falo que aquele caminhão é da Bibrioteca andante do SESC.

Entonse preguntei prele por mode que num tinha criança lá pá lê os livro. Ele falô qui tava esperano fazia tempo mai qui num tinha aparecido ninguém.

O cuitado tava inté cochilano lá. Tinha inté mosca leno livro, mai criança num tinha não.

Ele contô pra eu que tinha vindo na perfeitura há uns par de dia pá mode dexa os cartaz, mais ele falo que num viu cartaiz nenhum na cidade. E pá falá memo a verdade verdadera eu tamém numvi é cartaz nenhum. Coisa insquisita!

Peguei uns livro, passei o zóio neis e fiquei de vortá despois pá mode lê um bocado.

E vortei memo! Mais dessa veiz tinha umas criança lá junto cá quela muié chic que trabaia na perfeitura. Ela tava tirano retrato das criança que deve sê pá mode ponhá no jornar. Por falar no jornar ele anda bão por demais, tem pôca letra e bastante gravura. Dianssim num dá trabaio pá lê.

Eu preguntei pro moço por mode que as criança das escola num tava tudo lá e ele falô que num sabia. Falô que nas outra cidade aquele caminhão ferve de tanta criança. Que eis inté briga pá mode entrá.

Mai o que será qui tá aconteceno cás criança da nossa cidade? Será que eis ainda num prendero lê? Será que eis num sabe que livro é muito bão?

Será que eis ficá lá na sala di aula aprendeno é mai importante do que saí pá entrá numa bibiotréca bonita daquela?

Será que num ficaro sabeno por mode que num espaiaro os cartaiz ou o home mentiu e num dexô cartaz nenhum?

Óia criançada, oceis perdero porque lá ceis ia aprendê muito e ainda ia aprende a gostá dos livro.

Oceis se apruma criançada e quando o caminhão vortá aqui, se é que vortá despois dessa, oceis vão lá que ceis vão diverti qui nem porquinho na lama.

Afinar, será que arguém pode me inspricá o que açussedeu pá mode as criança não aparece lá? Arguém viu cartaiz em argum lugar? Quem subé o que aconteceu, conta preu que eu to é danada de curiosa!

9 comentários:

Anônimo disse...

É impresionante o descaso que tem acontecido em Brazópolis, não consigo entender o que esta acontecendo, meu filho conseguiu chegar até a "Biblioteca ambulante", porém estava na hora de fechar, ficou indignado, reclamou que não ficou sabendo do projeto, junto a ele estavam mais 3 crianças, que também se indignaram. Por favor, é pouco que peço, valorizem o que não são capazes de realizar, pelo menos isso, deem a oportunidade a outros projetos que não tenham sido criados por vocês. Sei que são superiores a boatos e que podem criar bons projetos, porém não estão fazendo nem mesmo para receberem elogios. José de Lurdes Vizotto (indignado)

Elisa H. Noronha disse...

Trabalho na Escola Inácio João de Faria - Cruz Vera - rede estadual, fazemos o máximo para o incentivo à leitura. Não ficamos sabendo sobre a biblioteca do Sesc. Perdemos oportunidade de levar os alunos. José de Lurdes, sua indignação não é solitária.

Tarcísio Faria V. de Noronha. disse...

Esse absurdo descaso para com a cultura em nossa cidade, tem nome! Chama-se "incompetência".

Anônimo disse...

Nossa, parabéns dona Maria do Vá!!!!! a Senhora não é lá muito letrada, mas assim mesmo tem mais cultura e sensibilidade que esses pseudomandarins do Executivo! Lamento muitíssimo pelas crianças... e pelo desrespeito por todos nós!

Unknown disse...

Minha frô di formosura , onti vi uce entrá num baita caminhaozão cheinhu di livro. Fiquei lá paradu , invergonhadu , querenu proziá coce. Mais num tivi corage , covardi qui sô. Ce tava tão bunita muié, qui dava gostu di oiá. Pura formuzura. Fiquei lá iscundidu bem atrais do caminhaozão crianu corage. Quandu meu coração parô di bate apressadu eu respirei fundu e fui. Mais oce já tinha saidu. O homi disse que oce saiu queimanu fogo pras venta di tão braba. Ai eu preguntei prele purque oce tava braba e ele exprico tudinhu preu. Sai então percuranu pra cidade pra vê se via um cartaz pra alegrá oce e num tinha memu nem um , mais nem um memu. Fiquei brabo tamem. Fui pra casa coçanu os pioio , incorfomadu. Aquele caminhaozão cheio di curtura e ninguém lá pra curti. Andei qui nem loco pra cidadi e num encontrei nadica di nada que avisasse u povo do caminhaozão. Andei até o sor iscondê , ate a noite aparecê e ficá um breu só. E num é que hoje di manhazinha, co nasce du sor eu tava ino levá minha subrinha na iscola e vi lá os cartaiz? E num é que foru di madrugada i pregaru os cartaiz na cidade? Achu qui quem divia ter pregadu us cartaiz pensa qui nóis são troxa , pensa qui nóis são retardadu , pensa qui nóis são dióta. Será qui nóis tem cara di bobu? Será qui nóis tem cara di paiaço? Fazenu isso qui fizerum chamaru nóis di imbecir!

Anônimo disse...

Eu vi. Crianças fingindo ler e secretária tirando fotos . Que vergonha . SÓ engana os tolos.

Anônimo disse...

Fiquei sabendo que em uma escola as crianças queriam ir, mas as professoras dizeram que o sol estava muito quente.

Maria do Vá disse...

Intonse os discramado ponharo os cartaiz adispois que o home foi embora? Mais qui fios duma porca!!!
E ocê, Zé do Vorta puxano o saco de eu? Tá querendo o que? Ficá agradano pá mode eu namorá ocê?
Aparece só de veis im quando e adispois some traveis...
Num gosto de ome ansim não. Apareci, some, some, apareci...arresolvi logo home de Deus!!!

tayana disse...

Realmente não tinha cartazes na cidade,só ficou sabendo do caminhão quem passou por lá

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