6 ANOS LEVANDO AS NOTÍCIAS DA TERRINHA QUERIDA

AQUI, FÁTIMA NORONHA TRAZ NOTÍCIAS DE SUA PEQUENA BRAZÓPOLIS, CIDADE DO SUL DE MINAS GERAIS.

E-MAIL DE CONTATO: fatinoronha@gmail.com

20 de junho de 2010

TRAILLER DO FILME "Garrincha, alegria do povo" ONDE ELE APARECE JOGANDO EM BRAZÓPOLIS



Garrincha, Alegria do Povo é um documentário brasileiro de 1962 sobre o futebolista Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha, realizado no apogeu de sua carreira. Bi-campeão mundial em 1958/1962, consagrado no Botafogo de Futebol e Regatas, onde eternizou a camisa número 7, o documentário foi dirigido por Joaquim Pedro de Andrade, com duração de 58 minutos, e é em preto e branco. O original deteriorou-se e o filme só foi restaurado em 2006. Ele acaba de ser relançado em DVD.

Consta que este foi o primeiro documentário realizado sobre um esportista no Brasil e, ao contrário do que é comum, foi concluído quando o seu personagem estava em pleno auge. Em 1962, Garrincha jogava no Botafogo do Rio de Janeiro e era considerado um dos melhores jogadores de futebol do mundo. Assim, seus gols e jogadas tanto da Copa do Mundo de 1958 quanto as de sua maior consagração, na de 1962, são levadas às telas. Garrincha morreu pobre, esquecido e viciado em álcool em 1983, mas o que se registra aqui são seus anos de apoteose.

O filme alterna imagens de Garrincha em ação no Botafogo e na Seleção Brasileira, com algumas cenas do cotidiano, a rotina de treinos no Botafogo e a preparação do time para entrar em campo (com aparições dos jogadores da época, como Zagallo, Jairzinho e o goleiro Manga). Garrincha aparece comprando discos na cidade do Rio e depois dançando ao som deles com algumas das suas sete filhas na época ou passeando na sua terra natal, em Pau Grande, distrito de Magé (RJ). Acompanhando as imagens, o narrador Heron Domingues conta fatos sobre a vida do jogador, como o dele morar em uma casa cedida pela industria de tecidos no qual Garrincha e toda a comunidade de Pau-Grande trabalhara ou trabalha. Garrincha é descrito como tendo sido um mau operário, que conseguia dormir mesmo com o barulho das máquinas, mas que não era despedido porque nos fins-de-semana era o destaque nos jogos do time de futebol da fábrica. A narração enfatiza também a história de que Garrincha só soube que suas pernas eram tortas ao ler sobre isso nos jornais.

Com rápidos depoimentos de Garrincha sobre a fama que conquistou, e do médico que descreve a anormalidade no seu joelho, o grande destaque do documentário são as cenas clássicas do craque em campo, seus dribles desconcertantes e seus belos gols defendendo o Botafogo e a Seleção Brasileira de Futebol nos Mundiais. Foi o primeiro documentário brasileiro sobre um esportista e ganhou o Prêmio Carlos Alberto Chieza, Festival de Cortina D'Ampezzo, Itália 64.

Fábio Barreto, filho do roteirista e produtor Luís Carlos Barreto, realizou em 1978 um novo documentário de curta-metragem sobre o jogador Garrincha, chamado "Mané Garrincha", uma espécie de continuação do trabalho do seu pai de 1962. Na época Garrincha já estava com a carreira profissional encerrada. Neste novo documentário, novas cenas de Pau Grande, do jogo de despedida de Garrincha em 1973, lembrado por ele como "o momento mais emocionante de sua carreira", e de sua atuação em campo pela equipe de "veteranos" do Milionários, que excursionava pelo Brasil nos anos de 1970, e que no filme aparece jogando contra um time chamado Santos Futebol Clube, de Brasópolis. Há um depoimento de Armando Nogueira, que disse ter sido testemunha do primeiro jogo de Garrincha pelo Botafogo. O filme mostra também o jogador orientando em campo seu filho adolescente apelidado de Neném, atualmente já falecido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por dar a sua opinião.
Elogie, critique, mas faça isso com educação.
- Comentário com palavras de baixo calão será excluído.