uma das curiosidades mais encantadoras de nossa
antiga Brazópolis, então denominada Vila da Vargem Grande, era a oferta de sonetos e poesias, como
prenda a ser leiloadas nas quermesses em benefícios de obras sociais.
Dessa modalidade tão original e carinhosa de
prenda, que tão altos preços alcançavam, um foi arrematado pelo então jovem brazopolense
José Alfredo Gomes em 1909.
MEU
CORAÇÃO EM LEILÃO – Luiz Pistarine
“Stá
em leilão o meu coração, senhores!
Quem
dá mais? Quem dá mais? Vede-o, estudai-o!
Ele
está cheio de ilusões de maio,
Cobre-lhe
a vida um estendal de flores.
Vede-o
bem, fibra por fibra, examinai-o
Jamais
sentiu as truculentas dores,
Pois
dos ódios do mundo e dos amores
Nunca
na vida perpassou-lhe um raio...
Tem
fé, tem crença e tem bondade extrema!
Quem
dá mais? Vale um poema
Yto9da
sua nobre e alta fantasia.
Dou-lhe
um beijo por ele – feito o preço!
À
mais famosa dama que conheço
Vendo
assim, meu coração um dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por dar a sua opinião.
Elogie, critique, mas faça isso com educação.
- Comentário com palavras de baixo calão será excluído.