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25 de agosto de 2010

MARIA - Elisa Noronha Lopes


Você partiu numa tarde chuvosa, mas com muitos amigos e parentes acompanhando-a até o cemitério.
Morreu quietinha e sonhando, fugindo ao seu temperamento explosivo e barulhento.
Na igreja, ao som do órgão, Monsenhor lhe disse tanta coisa bonita, recordando suas idas à casa paroquial.
Você haveria de gostar de ouvi-lo, se pudesse, e quem sabe, no seu silêncio captar as suas palavras.
Monsenhor recordou seus nomes: Maria do Padre, Maria do Monsenhor, do Joaquinzinho, Maria baixinha, Maria chata e eu acrescentei: Maria do Cambú e Maria da vovó.
Você era sempre instável: muitas vezes alegre, outras nervosa, barulhenta, revoltada, chorosa, mas quase sempre feliz, quando era atendida em seus pedidos.
Em minha lembrança quero tê-la nos bons tempos, quando ia à igreja com Joaquinzinho, com sua fita de mariano, e em seguida, quase sempre depois da missa, almoçando na casa paroquial.
Acabou tudo, Maria! Vovó, tio Quinzinho, Tio Antônio, Alfredo, Agenor, Zéca, João, Cotinha, Zezé, Carlinhos e aqui estamos esperando nossa vez.
( Escrito por volta de 1990)

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