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11 de agosto de 2010

POEMA - "NOITE" de Zezé Noronha


Eu estou tão só...
Lá fora a noite, a imensa noite cai,
Silenciosa e negra.
Eu cismo.
Há qualquer coisa na noite que não entendo.
Só sei que me impressiona, comove, inspira.
Já vem de longe, tem raízes na infância:
Este temor místico e penetrante,
A esta majestade;
Negra e profunda e sombria e insinuante,
Que se chama – Noite.
E lá fora está ela, com toda sua corte
Sombras...
Silêncio...
Solidão...

E as estrelas?
E a lua ? Onde estão?
Existem noites assim
Sem estrelas, sem lua, sem nada.
Para muita gente, a vida, a própria alma,
É como a noite; assim,
Triste e sombria.
Talvez seja por isso, que a noite me tenha
Tanta atração.

Minha alma é como a noite, bem sei.
Bem sei que atrás desse negrume todo:
Há todo um sol de esplendor
Há luzes, há vida, há claridade
Bem sei que amanhã, um novo dia nascerá,
numa aurora luminosa.

Como é bom!
Como é belo!
Como é deslumbrante
O amanhecer.
Pena é que em minh’alma
Nunca amanheça.
E eu precisava tanto dessa manhã;
Eu precisava tanto! Tanto!
Meu Deus...

2 comentários:

Anônimo disse...

Zezé Noronha sabia fazer poesias saídas de dentro de sua alma! Lindas e tristes...

Antigo amigo de Zezé disse...

Lindo! Triste, mas lindo!

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