6 ANOS LEVANDO AS NOTÍCIAS DA TERRINHA QUERIDA

AQUI, FÁTIMA NORONHA TRAZ NOTÍCIAS DE SUA PEQUENA BRAZÓPOLIS, CIDADE DO SUL DE MINAS GERAIS.

E-MAIL DE CONTATO: fatinoronha@gmail.com

25 de fevereiro de 2015

A MINA DE CHUMBO DO MENINO – Eugênio Noronha Lopes



 Eu devia ter uns cinco anos de idade e morava na Rua Capitão Gomes. Como too mundo queria muito ir pescar, já devia até tirado dois lambaris de pele vermelha e um chorão que espetava o dedo. Havia muito mais água no Vargem Grande e muito mais peixe; mas o mundo é mesmo complicado9, faltava material apropriado, principalmente linha boa. Havia a chamada Indiana, não encontrada com facilidade e a garotada costumava usar aquelas feitas com fios  brancos dos rabos de cavalo. Pedia-se,  naturalmente, ao dono e não ao cavalo,  lavava-se, e os fios emendados iam servir na busca incansável. Hje há material de primeira, mas falta o peixe e até mesmo a água. Lembro-me de adultos na tentativa de  caçar piabas usando anzol grande e linha de aço.
Eu na alegria de aguardar a hora da pescaria preparava a chumbada, derretendo um metal em uma colher de ferro. E como conseguia o material? Fácil. Era só ir à ladeira em que ultimamente residiam o Cavichi e o Carlos Faria e apanhar a pepitas desejadas entre as pedras do meio fio. Era para mim, naquela idade, comum apanhar chumbo nas sarjetas.
O tempo passou, como acontece, mudei de residência, esqueci da mina. Vária dezenas de anos  passados, passando pelo local lembrei-me da mineração infantil. Contei ao Carlos Faria, não era de se acreditar, mas fomos subindo a rua pesquisando entre as pedras e apanhando pedaços de metal. Chegamos à Praça da Matriz e bem à porta do prédio onde estava ou estivera instalado o Centro Telefônico era maior o número de pepitas. Certamente o chumbo viria das baterias elétrica ali utilizadas. Estava salva a praça. Livres dos buracos  de eventual mina. A cidade perdera a mina da qual não tivera conhecimento.

OS – 1 – Podemos não falar muito de peixe que, já nos deixaram mas falemos de pescaria que, não é só a caça daqueles nadadores, mas também um entrosamento com a natureza, coma paisagem. Ficar à sombra de uma árvore, ouvindo os passarinhos, o ruído da água sobre as pedras e galhos e até mesmo o berro de gado é, sem dúvida, a caça da natureza, co ou sem os vistosos lambaris de rabo vermelho e sensação da retirada de uma piaba briguenta, uma traíra sonolenta, boas peças para as frituras que acompanham um gole ( um só, por favor) de uma cachaça mineira, ou um copo de boa cerveja de qualquer lugar. Sem esquecer do mandi, engolidor de anzol, bom para ser cozido, com coentro e alfavaca. Os bons pescadores como a falecido Pedro Faria, o Helianto, e , sem trocadilho, o falecido “Girassol” sabiam e sabem o valor do exercício físico do esporte e exercício de paciência constante na pescaria.
2- Deve haver ainda chumbo entre as pedras da ladeira,

Até logo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por dar a sua opinião.
Elogie, critique, mas faça isso com educação.
- Comentário com palavras de baixo calão será excluído.