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29 de outubro de 2012

Um Hino para Minas – José Eustáquio Cardoso



Das águas e do pó e da pedra bruta
Minava o que entendíamos bastar,
De envolta com o suor de nossa luta,
Para afirma-se a Pátria e se alterar.

Mas se muito era o outro, de além mar
Cobiça bem maior vinha no quintal
Arrebatá-lo todo para calçar
As ruas de uma certa capital.

Foi, então, que de rimas e missais
E de autos de processo e as coragem
Do homem mais puro e bravo das Gerais
Soprou sem fim da liberdade a aragem.

Sem fim porque era um sonho, e sonho igual
Sonhou por toda a vida a humanidade.
Ai! mas que sonho assim resiste ao mal
Da força que se vale da impiedade?

Rasgaram-se os missais e se riscaram
As rimas de tão doidos sonhadores,
E degradaram-se ou se agrilhoaram
As mãos que ousaram acenar com flores.

Vieram da Guanabara as praias brancas
Do herói o sonho em sangue derramado;
Passou pelas estradas de barrancas
Da liberdade o vulto esquartejado.

Mas liberdade não é só um vulto
Ou um sonho que passou e nos sorriu:
É o espírito visível deste culto
Ao sangue mais dorido do Brasil.

Do Livro “Pétalas na Estrada”

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