MONSENHOR PEDRO CINTRA E SUA VIDA EXEMPLAR!

Pedro Samuel Gonçalves Cintra, Monsenhor Pedro Cintra, nasceu no dia 17 de fevereiro de 1913, na cidade mineira de Brazópolis. Tornou-se padre em 1937, em Pouso Alegre. Foi Vigário Cooperador em Ouro Fino (1938-45) e Pároco em Maria da Fé (1945-47) antes de vir para Borda da Mata, no dia 21 de setembro de 1947, onde atuou como Pároco por 37 anos e permaneceu até a sua morte. Seu primeiro ato na cidade foi a construção do Colégio Nossa Senhora do Carmo. Em seguida, erigiu a bela igreja de Nossa Senhora do Carmo, que se tornou Basílica. “Maior que suas obras de tijolo foi a obra que ele fez em nossos corações. Ele plantou e cultivou em nossos corações a semente da fé, da esperança, da caridade”, relatou Claret Freitas Rocha, ex-coordenadora pedagógica do Colégio Nossa Senhora do Carmo e amiga pessoal do Monsenhor. Um homem bravo, persistente, exigente, enérgico, criterioso, obediente às normas da Igreja, temente à Deus, virtuoso e sábio. Essas eram as principais características da personalidade do homem que dedicou 65 anos de sua existência à vida religiosa. O título de monsenhor foi-lhe concedido na ocasião da inauguração da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em 1958. Até o final de 2002, mesmo aposentado (Vigário Emérito), ainda atuava, atendendo confissões em casa, ora ajudando nas celebrações, ora assistindo-as, compenetrado, sentado ao lado do altar, e quase todos os dias à tarde rezando missas. Além da dedicação à religião, conservou alguns hábitos pessoais como as leituras, as caminhadas, o cuidado com a saúde. Monsenhor Pedro Cintra começou a adoecer no ano de 2001, e desde janeiro de 2003 seu quadro clínico agravou. Até dezembro de 2002, atendia confissão em sua casa. Segundo Claret, o monsenhor “gostava de se sentir útil”. Uma capela foi construída no local onde está a sua sepultura. Há alguns anos, comprou o espaço onde desejava ser enterrado. Monsenhor veio para Borda da Mata com a mãe, Dona Alvarina, e o irmão Lauro. Os dois, já falecidos, foram sepultados em Brazópolis. Monsenhor Pedro Cintra quis ser enterrado em Borda da Mata. Fato que comprova o seu amor por esta terra. Texto extraído do Jornal Factual, nº 1, de 7 de Maio de 2003.