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22 de novembro de 2012

NO DIA DO MÚSICO LEMBRAMOS O GRANDE MAESTRO JOÃO DE OLIVEIRA NORONHA

( Artigo publicado no Jornal “Brazópolis” em 10 de 1.964)
 
Não vamos aqui apresentar a biografia do Maestro João Noronha, quando nasceu e quando morreu. Para a vida de um povo, não interessa esmiuçar exatamente as datas histórias. O que interessa é focalizar o que ele fez, em vida, para o bem da coletividade. No caso do Maestro João Noronha temos que exaltar a sua inspiração musical. As valsas maravilhosas que ele compôs e cujos sons românticos, como era a música naqueles tempos, encheram as noites de nossa terra de uma harmonia suave, dando-nos um toque de arte fina e delicada.
Ele foi um ótimo professor, pois tocava vários instrumentos e todos com perfeição. Ensinou a muita gente a arte musical e deixou, sobretudo, a muitos de seus discípulos, o amor a composição das valsas sonoras, o prazer de ser inspirado a alinhar notas e riscar compassos.
É nisto que resiste o seu valor imenso na vida de Brazópolis de outros tempos.
No meus de seus conterrâneos ocupados em ganhar dinheiro, trabalhando como formigas, ele foi a cigarra que canta, descuidada no inverno próximo, mas cujo canto enche a noite de beleza e alegria.
Os outros, os que imitaram as formigas e trabalharam acumulando bens, caíram no esquecimento, mas a nossa cigarra, o Maestro João Noronha, nunca será esquecido enquanto houver alguém que saiba interpretar uma de suas valsas. Porque a beleza é eterna! A Arte também!
João Noronha morreu há muito tempo, mas suas valsas são imortais. E Brazópolis deve se orgulhar de Ter sido o berço natal de um grande artista compositor, como ele foi.

 MAESTRO -  José de Melo Noronha ( Zezé)

(Ao maestro João Noronha, meu pai)

Na tua música, Maestro amigo
Há tanta vida, coração e arte,
Que minha musa é pobre prá contar-te
E esta mágoa viverá comigo.

Quisera traduzi-la  e não consigo,
Falta-me inspiração para louvar-te;
Maestro amigo, empresta-me tua arte!
Eu quero em versos conversar comigo.

“Sempre” tua valsa, hoje ouvi,
só Deus sabe a saudade que senti
era tua alma em sons a se espalhar.

Eu já nem sei, Maestro, definir;
Mas...que vontade eu tive de sorrir ...
Mas...que vontade eu tive de chorar ...
 

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