Professores da Unifei de Itajubá decidem não entrar em greve

17/05/2012

Tatiana Santos

Professores da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) decidiram, por maioria, pelo menos por enquanto, não aderir à greve nacional dos docentes de instituições federais. A votação foi feita em assembleia na tarde dessa quarta-feira, 16 de maio, em Itajubá. Foram 81 votos contrários à greve, oito a favor e três abstenções.

Universidades federais de todo país entraram em greve nesta quinta-feira, 17.  Os professores da Unifei decidiram aguardar a evolução nas negociações com o Governo em torno das reivindicações da categoria.  Se não houver avanços, os docentes podem aderir à greve nacional. Uma próxima assembleia está marcada para o próximo dia 28, em Itajubá.

Conforme o professor-doutor da Unifei Itabira, Fabrício Menegon, filiado ao sindicato, a quantidade de votos contrários à adesão não significa que os docentes são contra o movimento de greve, mas que são desfavoráveis à greve a partir desta quinta-feira, como havia sido decido em assembleia anterior. “Não iremos aderir neste momento, pois há uma negociação em andamento com o Governo. Entretanto, continuaremos mobilizados, pois no dia 28, haverá a divulgação de uma nova proposta do Governo”, afirma.

Ainda segundo o professor Fabrício, apesar de a Adunifei ser filiada à Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), ficou claro que uma boa parte dos presentes à assembleia desta quarta-feira se mostrou descontente com a postura da Andes, que aceitou a proposta do Governo de reajuste de 4% no salário, retroativo à março de 2012. Porém, mesmo com o reajuste, a principal reivindicação dos docentes é quanto à reestruturação da carreira docente nas universidades federais.

O professor também deixa claro que a decisão dos docentes de Itabira não depende do que for acertado em Itajubá. Segundo ele, existe uma tendência de que a posição seja a mesma, mas não é uma obrigatoriedade. Até esta quinta, 31 instituições federais de ensino decretaram greve, sendo dez mineiras. Na região, o campus de João Monlevade da Ufop será afetado.

Fonte: www.defatoonline.com.br