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4 de outubro de 2010

ILUMINAÇÃO EM EXCESSO ESTÁ ATRAPALHANDO A VISÃO DE NOSSO OBSERVATÓRIO

Excesso de Iluminação das cidades impede visão de estrelas e afeta saúde de homens, animais e plantas.

A preocupação com a preservação do céu noturno surgiu primeiro entre os astrônomos, que viram seu trabalho ficar cada vez mais difícil à medida que a urbanização crescia. Aos poucos, os observatórios em grandes cidades tornaram-se inúteis para as pesquisas, voltando-se apenas para fins educacionais. E mesmo no interior o aumento da iluminação está trazendo prejuízos.

Em 1981, foi inaugurado no Pico dos Dias, em Brazópolis, Minas Gerais, o maior telescópio em território brasileiro, com um espelho principal de 1,6 metro de diâmetro. Com o crescimento da cidade e da vizinha Itajubá, porém, o equipamento já é muito pouco usado pelos cientistas.

No começo, as observações eram perfeitas, havia pouca iluminação, o que era perfeito para o trabalho dos astrônomos. Já em 1991, 10 anos depois, moradores perto do morro onde está instalado o telescópio foram crescendo e o sítio se degradou enormemente.

Este telescópio formou praticamente todos os astrônomos modernos do Brasil e exterior, mas hoje existem poucos programas profissionais lá.

Até a iluminação de São Paulo causa efeitos no local. Sua difusão sobre a névoa cria uma "gosma" de luz que limita a observação à proximidade do zênite, de 30 a 40 graus acima do horizonte.



Inicialmente, a principal preocupação era com os efeitos da poluição luminosa na astronomia. Aos poucos, foram surgindo estudos mostrando como ela também é nociva para a vida animal e para a saúde humana.

A poluição luminosa está ligada a alterações no relógio biológico, associadas a problemas imunológicos e podem ter um elo com o aumento na incidência de câncer e outras doenças.

- Cada vez mais aparecem pesquisas mostrando como a iluminação artificial à noite pode ser um desperdício de energia, prejudicar a vida animal, ter impactos adversos na saúde humana.

Segundo pesquisas a exposição a luzes intensas à noite diminui a produção de melatonina, hormônio que regula os ciclos de sono e despertar. Esta queda foi associada a um risco maior de desenvolvimento de câncer de mama e no intestino. Numa pesquisa, verificou-se que mulheres que trabalham em turnos noturnos têm 50% mais chances de desenvolver câncer nos seios.

No mundo animal, a poluição luminosa também leva a conseqüências.

O clarão das cidades está afetando o comportamento dos pássaros, fazendo com que cantem cada vez mais cedo. A cantoria no amanhecer serve tanto para atraírem as fêmeas para procriar quanto para marcar território, influenciando a reprodução dos pássaros.

Também se sabe que a poluição luminosa confunde os animais, afastando-os de locais de alimentação e deixando-os mais expostos aos predadores. Até mesmo as árvores sofrem com o excesso de luz. Algumas espécies de plantas que perdem suas folhas em determinadas estações têm seus ciclos de fotossíntese alterados pelas luzes intensas das cidades.




2 comentários:

Unknown disse...

Muito, interessante e triste esse fato que ocorre com excesso de luz!!!
André Minchetti

Unknown disse...

Realmente é uma pena

Brazópolis é um local onde temos as estações mais exatas no ano e 80% do ano o céu é estrelado falicitando as pesquisas

mais infelismente tem que ter dedo do homem para atrapalhar em alguma coisa.

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